Ômega 3 - Saúde e vigor físico

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, saúde é um bem estar físico, emocional e espiritual. Existem vários estudos em que se comprova a melhora do bem estar físico, emocional com o famoso Ômega 3, por isso ele é um suplemento símbolo para quem quer melhorar a saúde em geral e vigor físico.

O Ômega 3 foi descoberto por um médico Dinamarquês, e após estudar como os Esquimós viviam ele descobriu naquele povo não haver infarto, AVC, câncer, obesidade, etc.; E após analisar o sangue deste povo se descobriu que os Esquimós ingeriam cerca de 14g de ômega 3 por dia, e concluiu que apesar deles terem uma ingestão alta de gordura, eles comem uma gordura, o Eicosapentaenóico (EPA) e Docosahexaenóico (DHA).

Hoje se sabe que a nossa alimentação está devendo ômega 3, na época Paleolítica a nossa proporção diária de ômega 6 para ômega 3, era de 3 pra 1; Hoje chega a ser 40 pra 1 e se você tem muito ômega 6 no corpo e pouco ômega 3 chega a ser inflamatório crônico, e toda doença degenerativa tem um componente inflamatório e o uso de ômega 3 diminui esse processo inflamatório.

Tipos de Ômega 3

Existem dois tipos de ômega 3: Ômega 3 Vegetal e o Ômega 3 Animal.

O ômega 3 vegetal se encontra principalmente na linhaça. O vegetal contém um ácido graxo chamado alpha linolênico que ao entrar no corpo irá virar EPA e DHA se você tiver menos de 30 anos. A partir dos 30 anos começa a perder essa transformação em EPA e DHA, porque pouco é transformado e por isso é mais aconselhável se comer o ômega3 animal provenientes de animais do mar que vivem em águas frias e profundas.

Em muitos casos não é possível se comer animais de águas frias e profundas, somente de cativeiro e por isso é necessário se suplementar com ômega 3 pois o peixe não fabrica ômega 3, ele come das algas e os fitoplânctos no fundo do mar.

Ômega 3 – Inflamação e Imunidade

Após a revolução agrícola, os cereais passaram a contribuir enormemente para a alimentação dos seres humanos e cerca de 90% da ingestão alimentar se dá por espécies do reino vegetal. Os cereais são boas fontes de carboidratos e de ácidos graxos ômega 6, mas pobres em ácidos graxos ômega 3 e antioxidantes. Assim, ocorreu um aumento expressivo no consumo de lipídeos de origem vegetal, principalmente os óleos de milho, girassol e soja, ricos em ácidos graxos poli-insaturados ômega 6, em substituição aos lipídios ricos em ácidos graxos saturados.

A partir daí a ingestão de ômega 6 começa a ficar mais alta e a causar problemas, já que o corpo prefere metabolizar ômega 3.

O óleo de peixe tem de ser consumido em maior abundancia, estando relacionado com a prevenção e tratamento de enfermidades cardiovasculares, com as doenças inflamatórias do trato gastrintestinal, com infecções e ultimamente, prevenindo lesões e alterações imunológicas em pessoas normais e atletas.

As funções do ômega 3 segundo estudos estão mostrando manter a integridade das células endoteliais, prevenindo aterosclerose e alterações cardiovasculares.

Suplementação com ômega 3 tendem a diminuir a resposta proliferativa de linfocitos, apresentam uma diminuição na atividade das células Natural Killers (NK) e prejuízos na fagocitose.

Dentre vários benefícios o uso de ômega 3 melhora:

• Pressão arterial;

• Circulação sanguínea (Por ser um vaso dilatador);

• Aumento do HDL;

• Diminuição do LDL;

• Proteção e alimento cerebral (Neuroprotetor);

• Cardioprotetor (Previne aterosclerose e arritmias);

• Reduz triglicérides;

• Ajuda contra o câncer;

• Ajuda contra depressão; etc.

Dica: O DHA é um dos nutrientes preferidos do cérebro, principalmente para as gravidas. A partir do momento em que uma mulher sabe que está gravida é aconselhável a suplementação com ômega 3 rico em DHA, pois se a mulher não tiver quantidades boas desse nutriente acontecerá que para formar o cérebro do feto o bebe roubará DHA do cérebro da mãe, resultado? Após nascer o bebe a mãe tem depressão pós parto.

Síntese Proteica Muscular e Influência da Suplementação com Ômega 3

Estudos demonstram que a suplementação do ômega 3 pode ser potencialmente útil para o tratamento e a prevenção da sarcopenia (SMITH, 2011), melhora da força muscular e da capacidade funcional (RODACKI, 2012), aumento da taxa de síntese proteica e fosforilação do mTOR induzido por aminoácidos e insulina tanto em idosos quanto em adultos (SMITH, 2011).

Embora os mecanismos sejam atualmente desconhecidos, sugere-se que o ômega 3 apresenta propriedades anabólicas via a sua capacidade para aumentar a sensibilidade do músculo esquelético em captar aminoácidos (FETTERMA

N, 2009; SMITH, 2011; CHURCHWARD, 2012).

A sarcopenia, caracterizada por redução da massa muscular em idosos, tem causas multifatoriais, sendo as mais importantes a inatividade física, inflamação, estresse oxidativo e resistência a substâncias anabólicas (MILLWARD, 2012). Homens e mulheres idosos com menor nível de atividade física têm também menor massa muscular e maior prevalência da “incapacidade” física (EVANS, 2002 apud SILVA, 2006). A prática regular de exercícios lentifica a perda de massa muscular e a intervenção mais segura é a combinação de exercícios de força com a suplementação de ômega 3.

Devido às propriedades vasodilatadoras do ômega 3, melhora o fluxo de O2 e nutrientes para os tecidos musculares durante o exercício.

FETT, et al., fez um estudo de ômega 3 em treinamento de força por 28 dias com métodos de pirâmide crescente truncada com drop set e sistemas de cargas estáveis, e o resultado concluiu que a massa magra aumentou em torne de 1,4kg e 1,8kg e o porcentual de gordura pouco se alterou. Foi contatado também melhora em alguns hormônios dentre ele um aumento significante para a testosterona que se relaciona no aumento de força e massa muscular.

O ômega 3 pode ser mais uma opção para indivíduos que buscam hipertrofia – os estudos analisados demonstram que a suplementação na dieta aumenta a sinalização anabólica muscular mediada por aminoácidos e insulina; os mecanismos pelos quais o ômega 3 estimula a síntese proteica ainda não foram totalmente elucidados, sugere-se que atuam na fosforilação do mTOR; a suplementação de ômega 3 pode fornecer uma intervenção viável para combater a sarcopenia e aumentar a massa muscular.

REFERENCIAS

Andrade, P., M., M. Carmo, M., G., T. Ácidos graxos n-3: um link entre eicosanóides,

infl amação e imunidade. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 15-09-2006.

Paim, J., A., Lopes, A., L., Ferreira, T., R., Conceição, M., C., A. SÍNTESE PROTEICA MUSCULAR E INFLUÊNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO DE ÔMEGA 3: ASPECTOS ATUAIS. REVISTA DESTAQUES ACADÊMICOS, VOL. 6, N. 3, 2014 – CCBS/UNIVATES

Fett, C., A., Petricio, A., Maestá, N., Correa, C., Crocci, A., J., Burini, R., C. Suplementação de Ácidos Graxos Ômega-3 ou Triglicerídios de Cadeia Média para Indivíduos em Treinamento de Força. Motriz Jul-Dez 2001, Vol. 7, n.2, pp. 83-91.

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